O Benfica sofreu hoje para vencer em Paços de Ferreira, por 3-1, conseguindo para já distanciar-se do Sporting e aproximar-se do líder FC Porto, num jogo emotivo da 24.ª jornada da I Liga de futebol.
Jonas, melhor marcador do campeonato, agora com 27 golos, foi a figura maior do jogo, ao anotar dois dos três tentos do Benfica, aos 72 e 88 minutos, ajudando a virar um resultado que o pacense Luiz Phellype tinha inaugurado, aos nove. Em tempo de descontos, Rafa fixou o resultado final e confirmou o triunfo do Benfica.
Com os 59 pontos hoje alcançados, os tricampeões nacionais colocam alguma pressão no líder FC Porto (61 pontos), que joga no domingo em Portimão e precisa de vencer para recolocar a vantagem nos cinco pontos, e força o Sporting (com 56) a ganhar na receção ao Moreirense, na segunda-feira, no fecho da jornada, para se manter ‘colado’ ao Benfica e na luta pelo título.
O Paços de Ferreira, por sua vez, averbou a quarta derrota consecutiva, mantém 21 pontos e, por agora, o 15.º lugar, mas arrisca-se a cair na zona de despromoção no final da jornada.
Sem alterações no ‘onze’ que goleou o Boavista (4-0), na última jornada, os ‘encarnados’ não entraram tão fortes como tem sido habitual nos últimos jogos, sendo mesmo surpreendidos pela forma agressiva como se apresentou o Paços, com Luiz Phellype, hoje novidade no ‘onze’, como elemento mais adiantado a servir de farol para Rúben Micael, sempre mais próximo, Xavier ou Pedrinho.
O brasileiro mostrou ao que vinha ainda no primeiro minuto, quando surgiu na área pela direita e quase surpreendia Varela, numa ameaça que viria a concretizar pouco depois.
Sem uma circulação veloz e com a zona central e os corredores bem vigiados, nomeadamente o esquerdo, o Benfica fazia rodar a bola, mas sem conseguir surpreender os locais, fortes na pressão, conseguindo recuperar inúmeras bolas e lançar ataques perigosos.
Foi essa a fórmula que resultou no golo de Luiz Phellype, aos nove minutos, depois de Xavier roubar a bola a Grimaldo no meio campo defensivo e, já na área, servir o brasileiro para um remate de primeira e sem hipóteses de defesas para Varela.
Apesar de ter mais posse de bola, mas com menos Pizzi e Zivkovic do que o habitual, o Benfica sentia dificuldades em chegar com perigo à baliza contrária e seriam os locais, sempre com recurso à mesma fórmula, a criar perigo, sempre pelo inevitável Luiz Phellype, com destaque para um pontapé acrobático aos 29 minutos.
Rúben Micael, aos 34 minutos, aproveitou alguma apatia da defensiva encarnada e trabalhou um lance na área que pedia melhor finalização, confirmando a menor agressividade do adversário também no processo defensivo.
O melhor período dos ‘encarnados’ aconteceu a partir daí e prolongou-se até ao intervalo, capitalizando as subidas no corredor de André Almeida, mais do que Grimaldo ou Cervi, que permitiam chegar com a bola à linha de fundo.
O argentino, na primeira vez que conseguiu fugir à marcação, semeou o pânico, com um cruzamento milimétrico para Jonas, mas Miguel Vieira, em esforço, negou o empate. Na insistência, Rafa, de forma surpreendente de cabeça, também ficou perto do golo.
Nesta fase, o Paços sentia dificuldade em conter os ataques do Benfica, agora com Pizzi mais envolvido, o último jogador a ficar perto do golo, em cima do intervalo.
A segunda parte confirmou a tendência do final da primeira, com o Benfica por cima, agora um pouco mais rápido a sobre a bola, numa estratégia que o Paços começou por contrariar e bem, pressionando no meio campo contrário.
Rafa, aos 47 minutos, deixou o primeiro aviso, depois de ‘entortar’ Quiñones, mas Defendi segurou o remate e Jonas não foi feliz na recarga.
Ainda antes do primeiro quarto de hora, Rui Vitória colocou Jiménez na frente, para fazer companhia a Jonas, e o Benfica passou a ter mais agressividade e presença na área.
A pressão dos ‘encarnados’ no jogo acentuava-se, Rafa, aos 67 minutos, ainda pediu grande penalidade, por alegada mão de um defesa pacense na área, mas o merecido golo do empate havia de surgir somente aos 72, depois do extremo português conseguir antecipar-se a Filipe Ferreira e servir Jimenéz.
O remate do mexicano ficou ‘perdido’ em Jonas, que, desta vez, não perdoou.
Embalado por milhares de adeptos, o Benfica partiu à procura da vitória, o que viria a conseguir, primeiro por Jonas, aos 88 minutos, num lance em que Seferovic assistiu o brasileiro na área, e, no fim, confirmando o triunfo, Rafa, com um remate na área.
Até ao final, o Paços pressionou na busca de minimizar o resultado, mas o Benfica, que acabou por justificar o resultado, conseguiu a controlar o jogo e não voltou a sofrer alterações, prevalecendo a vitória dos ‘encarnados’, a 13.ª em 20 jogos entre as duas equipas na Capital do Móvel para a I Liga.