Marta Soares afirmou que a Liga está “disponível na contenção das palavras para abrir o diálogo” sugerido pelo Presidente da República, apesar de o ministro ter proferido declarações que ofenderam os bombeiros.
Numa conferência esta terça-feira à tarde, Jaime Marta Soares referiu que a Liga apresentou “propostas que o Ministério da Administração Interna simplesmente ignorou”. Estes documentos mostram “quem fala a verdade e quem não fala a verdade”, disse, referindo-se ao facto de Eduardo Cabrita ter dito que não tinha conhecimento de propostas dos bombeiros.
Desta forma, Marta Soares fez saber que a Liga está “disponível na contenção das palavras para abrir o diálogo” sugerido pelo Presidente da República, apesar de o ministro ter proferido declarações – já depois do apelo de Marcelo Rebelo de Sousa – que ofenderam os bombeiros.
“Fomos ofendidos com a palavra de irresponsáveis. Atitudes irresponsáveis teve o senhor ministro com os seus alertas quando colocou em pânico a sociedade portuguesa”, disse, citado pelo Público, garantindo que o não reporte de informações não põe em causa o socorro às populações.
Além disso, o presidente da Liga lembrou que as declarações proferidas por Cabrita reforçaram “o azedume e a ofensa e desrespeitar o pedido do Presidente da República de abertura ao diálogo”. Perante o Governo, considera, o ministro devia “aceitar as propostas dos bombeiros portugueses, porque são eles que estão no terreno”.
O protestos dos bombeiros portugueses começou à meia-noite de domingo e irá prolongar-se até que o Governo abra a porta a uma negociação com a Liga aos diplomas que aprovou na generalidade em Conselho de Ministros, no passado dia 25 de outubro.
Os bombeiros querem um comando de bombeiros próprio, autónomo e com orçamento próprio e não ficarem sob tutela da Autoridade Nacional de Proteção Civil.
Fonte: ZAP