Uma sondagem da Aximage, a primeira depois do congresso do CDS, mostra uma queda na popularidade de António Costa e do PS e o maior resultado para os democratas-cristãos desde 2014.
De acordo com a mais recente sondagem da Aximage para o Negócios, nas próximas legislativas António Costa vai conseguir continuar a liderar, mas ainda não sem o apoio de outras forças parlamentares, situando-se agora mais longe da maioria absoluta.
Nas intenções de voto, o PS está pior do que há um ano, com a situação a piorar nos últimos dois meses: 38% têm agora intenção de votar PS, contra 39,2% em março e 40,6% em fevereiro. Há um ano, as intenções de voto chegavam aos 42%.
Por outro lado, o deslize do partido que encabeça o Governo foi mal aproveitado pelo principal partido da oposição, já que o PSD escorregou para os 26,7%.
Quem se tem assumido como um verdadeiro partido de oposição e aproveitado os momentos fracos, quer do PS, quer do PSD, é o CDS.
Depois de, no congresso, a líder Assunção Cristas ter assumido a ambição de transformar os democratas-cristãos no maior partido da direita em Portugal, as intenções de voto no CDS subiram de 5,4% para 7%, o configura o valor mais alto dos últimos quatro anos.
Apesar desta trajetória, o CDS continua a ocupar o quinto lugar na lista das forças políticas portuguesas.
Segundo o Negócios, quanto aos partidos de esquerda que suportam o Governo de António Costa, pouco ou nada mudou no último mês. O barómetro da Aximage aponta que o Bloco mantém-se como a terceira força política com 10% dos votos, um valor igual ao score de março, ao passo que o PCP sobe 0,3 pontos para 7,7%.
Governo perde força
Para o Governo, os dados também são desanimadores, com o registo de um aumento no número de portugueses que se mostra desapontado com o desempenho do Executivo – aumento de 8,6% em abril do ano passado para 11,2%.
Há um ano, metade dos inquiridos (48%) dizia que o Governo estava a governar acima das expectativas. Agora, o número baixa para os 44%.
A combinação destes efeitos reflete-se no índice de expectativas calculado pela Aximage que caiu em abril para 56 pontos e que contrasta com os 62 pontos de há um ano. Esta quebra em abril pôs fim a uma tendência de recuperação que se verificava desde o início do ano, depois de em dezembro ter atingido o valor mais baixo dos últimos tempos.
A nível individual, o primeiro-ministro António Costa também acusa comportamento idêntico. De 0 a 20, este mês, o líder dos socialistas é avaliado com 13,7, nota inferior aos 14,9 registados há um ano e aos 15,6 registados em junho – a classificação mais elevada de António Costa.
Os portugueses mostram-se menos confiantes em António Costa como primeiro-ministro. É verdade que continua, de longe, a ser o político preferido para ocupar o cargo de primeiro-ministro e não perde para o líder do maior partido da oposição, Rui Rio, que também cai na confiança dos inquiridos.
Agora, são 61,8% os portugueses que dizem confiar mais em António Costa para chefe do Governo, uma percentagem que era de 64,1% há dois meses e de 67,5% em Abril de 2017.
Rui Rio também perde pontos no barómetro de confiança dos eleitores, somando apenas 26,4%.
CF, ZAP //
Fonte: ZAP